The fear of war
Depois de alguns telefonemas preocupantes que recebi ontem, pedindo que eu volte ao Brasil, comecei a refletir sobre como deveria reagir a esse previsível bombardeio no Afeganistão. E não mudei em nada em pensamento em relação à minha residência - definitiva - nos EUA.
Não estou preocupado, nem com medo, da guerra. Tenho mais medo de trombadinha no Rio do que mulçumano fanático vestindo um cinto de dinamites e caminhando como quem não quer nada no lobby do meu prédio.
No final os EUA vão vencer, e tudo isso será mais uma mancha negra na história.
Estou aqui em Nova Iorque, pertinho de Manhattan, mas em nenhum momento pensei em voltar.
Estou enraízado aqui, e seria arrogante de minha parte sair correndo de volta pro Brasa, depois de tudo de bom que desfrutei dos EUA. Eu não sou aquele garoto do "The Giving Tree".
Queria que não houvesse guerra, e sei que vai haver retaliação. Mas mesmo assim sinto-me seguro aqui. Achei o cúmulo quando vi na televisão alguns brasileiros voltando e beijando o chão no aeroporto brasileiro (depois do ataque do dia 11 de Setembro).
Além de covardes, essas pessoas são a razão de certo preconceito contra o imigrante aqui nos EUA. Os EUA recebem de braços abertos os imigrantes que querem vir, vencer e FICAR.
Os que só vêem para juntar uma grana são abutres na carniça, usam o sistema americano sem pagar um centavo de imposto. Usam as estradas boas, as pontes maravilhosas, o sistema de saúde. Não pagam nada ao governo, porquê trabalham ilegalmente. Merecem voltar pro Brasil.